Esta coisa de escrever e amar e apaixonar e ferver sendo levada de roldão enlouquece. Nunca estou pronta, e de repente já aconteceu, estou apaixonada. Não esqueci nada: sofrimento ausência perda encontro. Mas, quebro barreiras, acordo insone, durmo apressada para ser amanhã: amanhã estarás comigo.
Já no final do livro de Karl Ove …,apego pela escrita deste norueguês que gosto tanto! Desgovernada saudade, encontro o recado para essa audácia do desvio de se contar… Escrever amassar o papel seguir insistir, e de repente… o texto. Elizabeth M.B. Mattos – outubro de 2017 – Torres
“O sentimento que eu tinha era incrível. Eu tinha passado mais de dez anos sem conseguir nada, e de repente, do nada, bastava escrever. E o que eu escrevia era de uma qualidade que, em comparação com o o que eu havia feio antes, me surpreendia todas as tardes, quando eu relia o que tinha escrito durante a noite anterior. Era como uma embriaguez, ou como o andar de um sonâmbulo, uma situação em que eu estava fora de mim mesmo, porém o mais estranho neste caso foi que a sensação era contínua.”(p.578) Karl Ove Knausgard Minha Luta 5 – A Descoberta da Escrita
