, … animais especiais além dos cães – gatos e cavalos – aos pés de São Francisco de Assis. Se eu te sonho é porque existes … E se existo é porque sei que existes. Estamos/ somos, ora essa! Esta coisa de pensar é muito complicado! Bom que a Ônix me entende porque me sente/percebe … Então, … viver é apenas continuar a ser eu mesma e ponto. Elizabeth M.B. Mattos – novembro de 2017 – Torres
” O fato de uma pessoa não se recordar de seus sonhos não significa que não sonhe. É, principalmente, uma questão de prática. […] Não me lembro nem mesmo – pelo menos, não no nível consciente de percepção – no que fiz na quinta-feira passada, às 16h35. Teria de dar uma olhada no meu calendário para me lembrar do que aconteceu.
Além disso, tenho tendência a me lembrar de coisas em lampejos, não em detalhes específicos. Ou será que os lampejos é que me ajudam a me lembrar dos detalhes? […]
A recordação dos sonhos é uma arte que pode ser cultivada durante um certo período. Sonhar é um aspecto importante de nosso processo de criação de imagens, mas não é o único. […] […] as imagens são mais poderosas por causa da reação emocional que evocam em você. Elas transmitem mensagens não-verbais cuja lógica você pode registrar e identificar mesmo se o seu sentido não ficar claro desde o início. Elas atingem todos os sentidos simultaneamente, estimulando respostas intensas e profundas contra as quais você não dispõe de muitas defesas intelectuais. […] Por ora, só quero que você reconheça o poder das imagens e que perceba que sua construção é uma tendência natural. Sonhar é apenas um aspecto dessa atividade universal. A atração que sentimos pelo processo criativo é instintiva, espontânea e inata; elaboramos imagens e reagimos a elas porque temos de fazê -lo. As imagens nos atraem, exercem uma influência irresistível, lembrando- nos que somos aquilo que sentimos, não apenas aquilo que pensamos.
Para reforçar: as imagens são mais poderosas do que as palavras porque põem em jogo a totalidade, não apenas uma parte do self. ” (p.91-93)
Sandra G. Shuman A Fonte da Imaginação – Editora Siciliano,1994 – São Paulo