por cada pessoa se desenvolve um espaço único, intimidade não se explica
o estranho, o inexplicável é não definir nem delimitar qual espaço pertence a quem
se penso tanto …, o certo, é porque não amei o amor em estado de pertencimento
não dizemos, somos …
somos … não sei explicar, somos … acho que é isso
nada definitivo porque a estrada continua … o rio, o mar
e, seguimos como somos para reencontrar o sonho
de repente a raiva, vontade de dizer o contrário, contrariar, beliscar
por que gostar/ querer/ amar/ ou sei lá como se explicar?
porque a ausência é doida / doída.
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ElizaBETH M.B. Mattos – dezembro 2017 voando
Preciso seguir o que dizes a me olhar severo possuído e tomado pelo prazer deste reencontro: “vê onde escondeste a tua vaidade, fulgor, brilho e intensidade de fazer o tempo andar para traz”.
Meu querido amado: Nada disso importa se não estás aqui. Se não posso te falar. Se não não posso explicar. Tudo faria por ti, por nós, mas por ti e para ter de volta o olhar. E para ser tocada. Despida lentamente por estes 50 anos que nos esperam. Vês, ainda penso no tempo que temos para nós, não olho para trás. Apenas nos imagino amanhã, agora. Vou te abraçar e me deixar abraçar na languidez da manhã aberta, sem hora, devagar, vou te amar. Beth Mattos – junho de 2018 – Torres