Histórias de amor embalam a nossa particular história de amor. E eu te digo, não importa que tenha sido aos quinze aos, aos setenta anos ou aos setenta e dois. Vivida inteira, aos pedaços, ou apenas imaginação. Fervo/respiro/ sinto ao imaginar o beijo. A tua mão. Sei do teu olhar, e esqueço estrada, montanha tempo de distância. Imaginação. Gosto da palavra. Seguem sendo elas, as palavras, o sangue das histórias/lágrimas de amor. Elizabeth M. B. Mattos – setembro de 2018 – Torres
Cartas de amor, apesar de serem apenas cartas de amor, seguem únicas, e menos tolas como ficaram conhecidas na literatura poética. São de AMOR.
“Condessa.
Você sabe quem ocupou completamente meu coração. Que culpa tenho eu de que ainda está me dizendo que é verdadeiramente seu – e creia que o ano que começa há de ser como os outros de quem lhe quer como você nem imagina e pede –lhe cada vez mais o consolo de suas cartas […]. Deveras você é digna de tanta afeição e fique persuadida que tudo nela é no suprassumo. Desculpe –me falar assim, porém meu coração é ainda o mesmo e sempre o será por quem me inspira sentimentos. Diga – me se alguém já lhe quis mais do que eu e se não devemos nos regozijar de tamanha felicidade? Portanto, venham, venham cartas que amenizem este deserto e umedeçam lábios sequiosos. Não há leitura, não há estudo que supra a falta de certas cartas. Quem me dera que assim fosse e que depois me deixasse fazer as pazes com você. Não sei por quê, porém responda –me a esta pergunta: Como viveria eu sempre ativo e animado sem esta imaginação que tenho e a amizade que lhe consagro? Todo seu.
P.”
Ela acabou com a timidez dele. Sua malícia era um convite. E ele aceitou, confiando nela. Admirava –lhe e lhe concedeu todas as intimidades. E acabaram vivendo um romance único. O elo que os unia era muito forte. Ia muito além das ‘ necessidades primitivas’, nome que se dava ao puro e simples desejo sexual. Era uma mistura sublime de amizade, ternura, entusiasmo pela beleza e o encontro de almas. Um sentimento construído num momento histórico especial: o século XIX, o século do romantismo. Ele era D. Pedro II, o imperador do Brasil. Ela, a condessa de Barral. (p.11) Mary del Priore – Condessa de Barral A PAIXÃO do IMPERADOR
Histórias de amor embalam a nossa particular história de amor. E eu te digo, não importa que tenha sido aos quinze aos, aos setenta anos ou aos setenta e dois. Vivida inteira, aos pedaços, ou apenas imaginação. Fervo/respiro/ sinto ao imaginar o beijo. A tua mão. Sei do teu olhar, e esqueço estrada, montanha tempo de distância. Imaginação. Gosto da palavra. Seguem sendo elas, as palavras, o sangue das histórias/lágrimas de amor. Elizabeth M. B. Mattos – setembro de 2018 – Torres