Prometi carta e fotos. Faz calor, calor sem sol, com chuviscos. O verão chega barulhento, mole. Ócio, vagar. Não, nada disto. Por aqui não se dorme. As horas se embaralham confusas na rotina sem sono, ruidosa, inquieta e trabalha-se o tempo todo. Toda a programação interna se modifica. Oxalá pudesse fechar a casa. Paz de serra, ou de mar com areia e rede, sem gente. Os sonhos se misturam com a vida ela mesma em pesadelo. Entender o ritmo? Não consigo. Continuo recuperando memória. Não parece tão simples.
Olho meu menino: olhos luminosos: porcelana transparente entre azul e verde. Tardes concentradas na risada com banhos, engatinhadas, bananas, maçãs, mingau. Às vezes vou caminhar: vejo o mar.
Volto a ler devagar: releio o capítulo anterior cada vez que retomo o livro. As histórias se misturam no cotidiano, discuto com personagens. Não lendo eu olho. Elizabeth M. B. Mattos – janeiro de 1999


Estou me deliciando. Diz uma coisa: o Geraldo é vivo ? Lembro dele tão lindo! Estive na casa de vocês nas Laranjeiras