o dizer vai caindo e se apagando… lembro, agarro, seguro
naquele/aquele verão de tanto dizer!
lembro que me mandaste calar: querias tudo contar e contar e eu, a te esperar?! sentia que nunca ia terminar, então, paciente, eu te ouvia, eu te amava, eu te amo
paz tão boa! certeza tão certa!
não foi como sonhei, terminou: sinto saudade, e te pergunto: por quê?
chega logo, sem avisar, mas…chega!
tantas e outras perguntas se questionam mudas
silenciosas, insatisfeitas…quero tanto te ver, um pouco de olhar, apenas um pouco porque merecemos, já expliquei
houve troca/desejo/confusão = nós dois
risada também
encontro e palavra solta e silêncio
o silêncio tem gosto tato cheiro vontade própria e meninice brejeira
tem mundo, tem nós dois: que não somos
tem o verbo cheio de bocas pernas e braços e lembranças meninas
gosto de pensar tu e eu, eu e tu e nada mais: o acaso, a hora marcada
Elizabeth M.B. Mattos – abril chegando num domingo amanhecendo – Torres de 2019
Lindo texto de encontro-desencontro. Libera a mente a lembrança que não acabou com a usência. Os desejos se realizam com as palavras na memória. Enfim sós. Se querem como meninos estertos. Atrás da matinha.
Que jeito lindo de comentar e reforçar! E tão bom te saber por perto, mesmo ausente. Eu sei. Um abrigada enrolado num abraço. Carinho POETA
ausência*
espertos*