não dizemos, eles dizem

É preciso dizer, não se consegue parar de amar, como a  flecha em voo não retorna ao arco. Nem sempre é certeira / nem justa / nem… O amor não tem jeito, nem acomodação, existe ou não existe; o ficar com / ficar junto, já é bem lá outra história, outro acerto, pode ser. Não trocar a cadeira, ninguém levanta…, deixar ser como é. Possível. Complicação ou acerto. Beth Mattos

“Suponho que eu tivesse algum dia amado minha mulher, já não a amava, e pronto. Outro fato. Está claro, não? Então, o golpe, se golpe houvesse, seria aparado. Porque enfim a dor, quando se ama, vem de não ser mais amado e, depois de saber que aquela que se ama ama outro.” (p.159) George Simenon in CARTA A MEU JUIZ

Esquisita ignorância, vaidade e prepotência ao se tratar / se pensar / se imaginar do que seria se já foi, – uma leveza! uma risada! um brinquedo! um não saber nada de nada. Como se a mágoa apertada de uma expectativa fosse o fel, fosse ferro, fosse. Dor absoluta:  não apenas o encontro, também o desencontro. Vergonhoso medo de ser baile, com dança, com hora hora marcada para terminar. Claro! Sempre tem o voltar para casa.  Elizabeth M.B. Mattos – julho de 2019 – Torres

2 comentários sobre “não dizemos, eles dizem

  1. Com certeza o amor tem a magia abençoada / e, sempre dá certo. Se acabou ou não saberemos no último momento, tal qual a definição de felicidade, de vida, de realizar…, o último momento, não achas?

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