O segredo da velhice / de envelhecer: saber / entender que é aparente / aparência. Ela apenas existe e acontece na superfície, na pele, no corpo, por fora. Por dentro somos sempre quem somos, ou menina ou mulher, ou um eu que não vai crescer, ou súbito, num repente envelhecerá / envelhecerei. Não sei se traduzi correto, Claude Mauriac escreve assim:
“ Le secret de la veiellesse, c’ est qu’elle n’ a d’autre realité qu’apparente. Drame et mystère qui sont déjà, je le sais ceux de l’ âge mûr. Veiellir, c’ est ne point changer: même. Je ne vois aucune différence, si ce n’ est de lucidité et de culture accrues, entre ce que j’étais il y a quinze ans et ce que je suis aujourd’ui. Vieiller, c´est découvrir peu à peu l ‘ angoisse de notre condition. (p.96) Claude Mauriac – Toutes les femmes sont fatales.
Envelhecer é muito mais descobrir pouco a pouco a angustia de nossa condição.
E que a vida se desencanta na medida em que nossos sonhos se realizam. E a vida acontece, paciente a realizar nossos sonhos e fantasias que nos surpreendem pelas facilidades e pelo volátil sentimento de um momento, contas feitas, os amores não foram antes nem depois, foram / serão amores se hoje esticarem o braço, segurar o meu rosto e ainda conseguir me beija. um ato contínuo / permanente. No meu desejo a tua transformação será parte da minha, parte tua, misturadas, uma só. …completo amanhã por ser longa viagem, e por ser nossa e prazerosa. Elizabeth M.B. Mattos – Torres 2019
Adolescente na energia e no sonho que surpreende. Aos setenta, aos oitenta, com certeza, aos noventa, adolescendo.