Se o sono não chega, eu te chamo, resmungo. Depois eu te chamo, insistentemente, outra vez. Escuta. Preciso de ti, volta: estejas onde estiveres, volta, preciso de ti… Eu me distraio para não te pensar: escuto rádio, caminho pelo/no nublado, na chuva chuvisco, dou volta inteira. Desço na noite, espio o céu. Tomo banho de prazer, molho a cabeça, enxugo os olhos na toalha. Perfumo o quarto: cheiros novos e misturados. Reviro na cama, volto ao teu olhar… Quanta saudade sinto de ti! Dos dias que te espero/ esperei, sinto saudade. Belisco os pastéis. Devoro os sonhos. Bebo sucos, escolho doces, e peço todas as empadas de camarão… Quanta saudade sinto de ti e da tua voz e da tua timidez e saudade de te sonhar. Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2019 – Torres.
Memórias de uma insónia, adorei a leitura e as fotos!
Obrigada Alberto por deixares uma palavra! Isso me anima! Que bom estares por perto!