Pessoas se cruzam e a energia agarra o possível: não afogues o outro na fantasia da tua vida, nas tuas sombras, e mesmo em tuas inusitadas alegrias! Encontros casuais e fantasiosos eriçam exercitam a partilha, a generosidade do tempo. Se escutas, se ouves te darás conta dos longes, da ventania e da alegria carregada de desejo que está em quem te olha porque o olhar transborda silencioso. Quantas vidas desejamos? Aperfeiçoar as conexões, priorizar o fazer e costurar teus despeçados desencontros. Então, aquele amigo alegre, generoso e traído, volta e posso abraçá – lo na distância do tempo e o meu obrigada será, desta vez mais forte. Eu estava, meu amigo querido, atordoada, não fiz o possível e o impossível, e foste tu o responsável pela minha liberdade.
Inteireza e coragem: ser apenas quem és assusta. Espinhos nos defendem da mesmice do outro, e eu compreendo a natureza das roseias… Naquele momento eu era espinhos. Hoje não agrado ou desagrado, sou o momento. Exercitar a Elizabeth que estou a reconhecer, encontrar a Beth, rir daquela sombra que me perseguia, não ser meiga nem doce, nem bonita nem feia, apenas existir generosa, atenta, feliz ou infeliz, completa. Descobrir reencontros nos elos perdidos. Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2019 – Torres
Quero te estender a mão e tocar teus olhos. Obrigada por me saudar, obrigada por estares atento, obrigada. São estes gestos a diferença…