Se eu te explico a fantasia/ o sonho ou alguma coisa do outro lado…eu acho/penso/imagino a justificação para querer correr/ ou mudar/ ou inventar outra vida. Mudar de casa pode ser, ainda, ainda uma vez, reinventar o caminho/viajar/procurar. Esta inquietude fantasiosa não se explica com palavra, melhor seria soltar balões coloridos/ ou todos brancos ou todos vermelhos pela janela, e se o vento conversa com balões a minha vontade se desgruda e vai junto pelo céu. Voltar a Porto Alegre, morar em Porto Alegre! Porto – chegada, Alegre – feliz! Estou ainda, outra vez, a divagar. Do porto saio / embarco e posso voltar, ou não voltar. Quando este calor viajar, voltar pro lugar dele, sair por aí… Irei caminhar. E Torres deve me abraçar outra vez. Tens razão! Estou melhor em casa. Vais gostar do .apartamento com este jardim iluminado om a lagoa, envidraçado, quase farol! Ou…Todas as histórias se prendem no ir e voltar. Eu sei que vais/estás a entender. E nós dois nos contaríamos outras/ muitas histórias proibidas, e de meninos, de jovens vestidos de gala dançado. E rir e lembrar enganaria a blindagem de ser como é. Sim, tu tinhas uma casa em Torres. Como ia ser bom voltar! Beth Mattos (amanhã faço correções)