“Mas o mal de de mim, doendo e vindo, é que eu tive de compensar, numa mão e noutra, amor com amor. Se pode? Vem horas, digo: se um aquele amor veio de Deus, como veio, então — o outro?… Todo tormento. Comigo, as coisas não têm hoje e ant’ôntem amanhã: é sempre. Tormentos. Sei que tenho culpas em aberto. Mas quando foi que minha culpa começou? O senhor por hora mal me entende, se é que no fim me entenderá. Mas a vida não é entendível.” (p.188) João Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas