1983 – Porto Alegre
“Parece que o Homem, condicionado pelo inconsciente coletivo, encaminha-se para um fim inexorável. Através dos tempos, inspirados visionários inculcaram no espírito do homem a idéia do apocalipse. Meu trabalho é uma homenagem às mulheres que se deitam acorrentadas nas ruas do mundo para gorarem os ovos da morte, semeados pela terra. Esta carta também é um grito e um gesto de solidariedade aos que dizem NÃO à prepotência, NÃO a arrogância do forte, NÃO ao holocausto. Falo apenas em nome da vida. Não tive a intenção de ser original. De propósito, empreguei velhos símbolos, como a criação do homem de Miguel Ângelo. Nesta hora que importa é ser claro, repetitivo, para ser compreendido por todos. “ Porto Alegre, 1983 – IBERÊ CAMARGO