
“Ainda é possível, para além de todas as fronteiras, partilhar alguma coisa do mesmo verde de todas as fronteiras, partilhar alguma coisa do mesmo verde um pouco adstringente que envolve as avelã; ainda é possível é possível fazer brotar alguma coisa que crie um vínculo, como a simpatia…Velhice é o espaço que nos separa tenuemente da morte; mas dispomos de escolha, durantes breves minutos, entre nos imobilizar pouco a pouco para dar lugar em nossa vida, ou então, ao contrário, confiar em alguma coisa verde…” Robert Kanters
Estou envelhecendo, rápido. Quando espio o espelho, ou tento tirar uma foto: eu me assusto. Eu me assusto. Ainda acredito nas surpresas de amor. Podem acontecer. Revejo e repasso com ternura as fotos. Olho o verde das pitangueiras, e colho as frutinhas com brejeirice: posso escorregar no perfume do gramado. Volto a pensar na cera do assoalho, nos lençóis perfumados, no sol atravessando os travesseiros e nas manhã penduradas no sono. Sinto o gosto da xícara de café e desejo uvas, geleias e pão fresco.
” No entanto, não me sinto velho. Ignoro se os homens de minha idade tem a mesma impressão que eu. No fundo, parece que permaneci um garoto“(p.113)
De certo o J. não vai ler os livros, não importa. Nem vou escrever uma história. Não tenho tempo porque envelheço tanto a cada amanhecer! Nem os dias serão mais ou menos esticados pelas minha fantasia. O mundo se encolhe progressivamente…,mas eu gosto de te escrever como se teus olhos percorressem o texto e o meu corpo, e eu toco no teu rosto. Elizabeth M.B.Mattos – fevereiro de 2020
Não consigo esconder de mim o que sou como estas “novas vedetes” de hoje a quem chamam de influenciadoras digitais. Tanto mise en scene photoshop moral. Somos reais.
somos reais, e sentimos tanto/tudo! Eu sempre estou contigo