Finalmente o sonho real/perfeito: posso acordar e olhar pro mar. Respiro, sinto o vento. Sento nos degraus como se fosse uma menina. Espero o sol enquanto brinco com a água no vai e vem lento. Carrega sua barra branca de espumas. Estou em casa: todas as moradas de praia desfilam na memória… Acumulei espaços e conchas. Agora tenho areia e gravetos, e vazios neste infinito. Beleza completa.
Preparei os mexilhões, e as saladas: verdes, vermelho e o rosado. A toalha branca, guardanapos coloridos amarelos. A mesa cheia de flores como eu tinha imaginado. No gramado, as cadeiras. Esperei. Escolhi o vestido azul e segurei os cabelos com grampos. Escolhi o anel com pedra da lua, os brincos se divertiam ao movimento da minha cabeça. Que ela chegue cedo!
A palavras tinham se escondido atrás das pedras, foi constrangedor o meu silêncio. Bom que os braços se mexeram e o abraço disse o que eu sentia. Depois eu sorri. Elizabeth M.B. Mattos – junho de 2020 – Torres