
Esta coisa de fugir do próprio pensamento talvez seja uma estratégia de guerra, abandono as trincheiras não atendendo ao telefone, não falando, caminha numa calçada vazia, não responde as cartas, e esqueço, por um momento, o passado. Sono e sonho atropelam a noite. Monólogo duríssimo. Os fantasmas se divertem: jeito simpático de voltar, insistir e se instalar. Acordo possuída pela saudade. Escrever parece tão absolutamente artificial, como levar muros, um tijolo depois do outro, em quantas horas a proteção? O musgo, o tempo de chover e de fazer sol, e o infinito… O maior de todos os obstáculos, o silêncio. Elizabeth M.B. Mattos – outubro de 2020 – Torres Acreditar no sonho/desejo e seguir cega e surda, o mar responde, o sol responde, o verão responde.
