
Abro a porta e te vejo: louca e desvairada paixão tive /tenho pelo teu corpo, teu beijo! Saudade picada de desejo: o corpo reclama e se agita! Acordo ao escutar o calor da tua voz. Quantas vezes na madrugada corri ao teu encontro!? Ardíamos em conversas telefônicas. Se o time do nosso futebol ganhou, se as notícias das vendas importavam, se uma tarde de verão seria nossa, ou toda uma noite de inverno, se o livro que lias me interessava! Se as aulas me cansavam / se eu tinha ido dormir cedo, ou na madrugada a corrigir provas / trabalhos sem sono! E tua rotina! A beleza imóvel a te cercar. Ah! Que saudade tenho do teu pequeno apartamento! Céus! Será que vivemos tudo o que podíamos? Que loucura insana nos afastou gaguejando / dizendo ser para sempre o que já era o eterno, e nos enfeitiçava! Amor tatuado nas entranhas: cheiro da loucura, teu gosto que eu gosto!… Não estás mais aqui, mas carregas certezas latejantes, e me esperas do outro lado. É para teus braços que vou correr cega, alegre e eterna. Loucos e incapazes! Teríamos que estar juntos agora, tu e eu. Insana lógica! Elizabeth M. B. Mattos – janeiro de 2021 – Torres / do verão gostavas / o mar sabias dominar/ em qualquer estação teu amor me cercava, mas eu te queria / eu te quero / no inverno de nós dois, no tempo roubado…, agora.
amada ANTES , DURANTE e DEPOIS = sempre
