“…Estou com saudade de você…”
Mishima segue a tensão diante da descoberta errada de si mesmo. Saber quem somos faz toda a diferença, será que passamos mesmo uma vida inteira a brincar de esconder com a verdade? Bavardage! Será que de fato fugimos do hoje/ do agora, das percepções reais de quem somos? Das descobertas evidentes da nossa personalidade para terminar escondidos atrás de fantasias. Será que a vida a ser vivida não permite devaneios… Por quê? Por isso sempre enterrados no tédio. Encontrar a si mesmo é mesmo um negócio de fortes?! Beth Mattos / fevereiro de 2021 – Torres

“A ausência me estimula. a distância me dera o direito à “normalidade”. Eu havia, para dizer assim, aceitado a “normalidade” como um empregado temporário na sociedade do meu corpo. Uma pessoa separada de outra pelo tempo e pelo espaço adquire uma qualidade abstrata.” (p.131) Yukio Mishima Confissões de uma Máscara – Vertente Editora Ltda. 1958
A pensar este parágrafo:
“A personalidade romântica é impregnada de uma suspeita sutil de intelectualismo, e esse fato frequentemente conduz àquela ação imoral chamada de devaneio. Contrariamente à crença, devanear não é um processo intelectual, mas antes uma fuga ao intelectualismo...” (p.137)