“ assumir que o pensamento nunca é dissociável das violentas peripécias do amor” Alain Badiou e Nicolas Troung
te amar / uma experiência pelo prisma da diferença “o mundo praticado, vivenciado, examinado e vivenciado a partir da diferença e não da identidade.” amo te amar nesta incerteza perdida, sem evidência, nem certeza, nem tato. Inventamos este nosso querer fugindo negando, escondendo e por isso nosso: “o amor é uma reinvenção da vida / O amor inventa um jeito de durar ao longo da vida“.
despir-se
entregar o próprio corpo
ficar nu para o outro
renunciar ao pudor
por que eu não seria justa comigo? por que eu não me posiciono como principal, por que te quero sem me quereres? por que sou imaginação, não sou eu? (as perguntas se desenhariam na página inteira, acotovelando -se confusas,
as armadilhas de ficar / será que é amor se amarrar nas surpresas de um filho / objetivo futuro definido? O outro me entrega o fato consumido do sonho desmaiado: se lhe dou o filho, o amor é bom e eterno / amor de negócio/troca de acertos, “papai, posso ficar”? Estacionar?
Se tu me amas, se eu te amo renunciamos
matemática ativa / estranhadas somas / subtrações / divisões, mas a multiplicação deve entrar neste céu. Céus! Já não é amor, mas um negócio. Beth Mattos – maio de 2021 – Torres