Prazer prazer e prazer. Limpeza: um pouco de ordem na desordem da minha cabeça festiva. Risonha.
Arrancada / enlouquecida turbulência, excitação! Na assinatura da vida o estonteante fazer acontecer: dia entre panos e lençóis: imaginação desenhada, experiência deste vagar descompromissado da entrega.
Não nos escrevemos, meu querido. Atravessamos, desnorteados, atravessamos nus o papel, e as letras.
Enlouquecidos pela febre. Ensopamos lençóis amassados…, a nos revirar exaustos, insones. Não escuto, não vejo. E quando leio tuas cartas a cabeça se agita febril, eu… Pesadelo! O meu grito abafado pela tua mão: civilidade. Os vizinhos nos cercam. E o movimento surdo segue… Desavisados da possível insanidade. A febre precisa ceder, este outono cinzento choraminga dia e noite, precisa terminar. Elizabeth M.B. Mattos – junho de 2021 – Torres

“neste momento acordo com a sensação de uma presença sensual. natural. olhar fixo nos olhos. cheiro suave e íntimo. silêncio. se despe inteiramente sem desviar os olhos. se aninha corpo a corpo com leve tremor, íntima. silêncio. calor. o único movimento são dos dedos sobre os pelos do ventre, como seda, deslizando com suavidade… vou ficar quieto“
fecho os olhos e deixo a febre ferver / estás ao meu lado, e não quero acordar, nem quero lucidez. quero o teu desejo colado no meu desejo: atravessamos… devagar / com vagar / sem pressa. Beth Mattos
Sempre uma delícia a leitura das emoções andando…..
e saber que de tão longe tu acompanhas este fio de viver, obrigada