solidão solitária

“No íntimo de toda alegria há uma presença” Paul-Eugène CHARBONNEAU

Eu leio e me pergunto: como sobrevivo sem a minha “presença” necessária…, sem os companheiros perfeitos/e os perdidos. Uso o plural, não tive a plenitude nem a grandeza, aquele encantamento de um único / certo amor…, não lamento, mas constato. Fico a me dividir e a me recriar, imagino, invento prazer de amar de amor, e esperar…,ou a me encantar com a luz, com o escuro, com a xícara preferida, ou a carne mal passada, depois o assado no molho de vinho. O frango. Legumes cozidos, e coloridos. Fico a me reinventar no amor redescoberto, fiel ao grande encontro, as violentas paixões. Alegria: incontestável felicidade, o encontro de gente com gente, o desenho acastanhado nos avermelhados do mundano, o inconsequente. Eclosão do coração: alegria de transbordar, palavras que se cruzam, advertências e desencontros fazem girar o mundo…, pois é. “Verdade que cada um de nós está só no mundo, mas jamais estarão sós dois seres que se encontram sozinhos na profundidade de seu mistério. Eis por que são conduzidos pela alegria.” (p.17) Charbonneau A crônica da Solidão

E num repente a chave: solidão indispensável: fortaleza que protege a fraqueza. E volto aos pequenos afazeres agarrada na rotina. O pequeno trabalho, a festa de todos os dias: eu comigo. Elizabeth M.B. Mattos – agosto de 2021 – Torres – …,às vezes, estar/partilhar/conviver e estabelecer/determinar/ escolher o amarelo certo meio as galhadas verdes e o brilho rosado me desarruma. Nadar, saltar, correr, superar. …importante, como escolher a roupa certa, embelezar o corpo, cuidar o prazer já é competir.

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