cárcere

Como se fôssemos prisioneiros, e, absurdamente livres para ir e voltar e morrer ou ficar, numa valsa única, pessoal. Os sentimentos em relação as coisas, e as pessoas, como se fosse um rio… Nunca o mesmo, mas no mesmo leito ali, perto do meu olhar, como o rio. Eu parada. a te esperar, no lugar combinado. No tédio de um domingo bonito. Hoje, especialmente, bonito e silencioso. Um filme, o primeiro, perfeito, premiado, incrível, e perturbador por ter todos estes méritos e estas perfeições. O mediocre me distrai, enfeita. O importante, o mais, o possível me afasta, assusta. Talvez seja a medida. Não quero avançar, mas estacionar, e parar sem medo. Ficar no prazer. Perpetuar. Nenhum altruísmo, nem hedonismo compreensível. O cárcere, o jardim, o pomar, a cela e o definitivo. A memória carrasca. Elizabeth M.B. Mattos – agosto de 2021 – Torres, a lagoa com sua mortandade, a doença e o descaso. O inverno atrasa o passo, ainda não compreendo por que me deixas assim, sem resposta, sem sono, sem voz, (risos nervosos), mas, compreendo, sei, entendo. Não aceito, mas te tenho por inteiro na minha imaginação. Silencioso, vivo. Cuido das plantas, elas demoram, demoram muito para crescer. Talvez eu posso logo viajar, ir e renovar a esperança de fazer / fazer e fazer. Penoso quando a alegria se enfraquece.

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