
A gente gosta de pensar, de escrever, de falar, de ouvir, mas tem dia que não acontece assim, é um fazer enfiado, o dia inteiro, o dia todo de gosto bom / cheiro bom, então, eu limpo, não tanto, mas o mínimo, e este mínimo é bastante, eu canso. Este pouco toma manhã inteira: manhã de tirar o pó, arrumar um pouco aqui, ali, deixar outro bastante para trás. E lá/já chego na cozinha…, a geladeira, sem vontade, o banheiro, com capricho…ah! foi bom! Limpar tem uma certa magia flutuante, (risos) um gozo. Coisa de eu comigo, desde sempre assim. E flor no vaso, e música no rádio. Amanhã vai ser longo este outro fazer que ainda não sei qual será. Não escrevo, mas leio, continuado, não querendo acabar, um livro termina, aí, dá saudade danada.
Guimarães Rosa tem este jeito feitiço de agarrar, prender, e te cercar, pronto, vou entrar…E coisas do amor então!? A gostar do amor!? Ser sempre um abraço e um beijo, um enrosco. Ufa! Que saudade! Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2021 – Torres
“A verdade que, em minha memória, mesmo, ela tinha aumentado de ser mais linda. DE certo, agora não gostasse mais de mim, quem sabe até tivesse morrido…Eu sei que isso que estou dizendo é dificultoso, muito engraçado.[…] E estou contando não é uma vida de sertanejo, seja se for jagunço, mas a matéria vertente. Queria entender do medo e da coragem, e de gã que empurra a gente para fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente para más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso,, por direito, e não sabe, não sabe, não sabe!'(p.140) João Guimarães Rosa –Grande Sertão: Veredas
