saúde

A saúde é pois um equilíbrio do nosso organismo com as suas partes componentes e com o mundo exterior; ela nos serve, sobretudo, para conhecer o mundo. A perturbação orgânica obriga a reconstituir um equilíbrio mais/fortemente interior / meu/ o teu/ o nosso. Retira / exige a alma, e desde então é o corpo que se torna o meu objeto, ele não constitui mais eu mesma, embora ainda seja meu; não é mais do que o barco em que faço a travessia da vida. Estudo as avarias e a estrutura sem identificar com o meu ser eu, o indivíduo. Onde reside em definitivo o meu Eu? No pensamento, ou antes na consciência. Abaixo da consciência há a espontaneidade e aquele fazer rotineiro, tão meu! Então eu sou apenas a ideia de querer ser EU. E de te querer, ainda.

Recebo a notícia da tua morte / a passagem: espanto e dor: lágrima do que não aconteceu…, somos nós os dois abraçados nas escadas do casarão tecendo a malha que nos envolvia no abraço e no beijo. Tudo fizemos / tudo tentamos para que nossa fosse a vida dos carretéis, das agulhas, dos tecidos e daqueles inusitados desenhos coloridos. Por que a certeza não nos carregou lado a lado…, teus estudos, tua Itália, teus / tuas. E eu? Uma mãe forte / obstinada, e cheia de planos / os dela, os meus. Teríamos sido felizes! Completamente e plenamente felizes. Eu não tinha mapa, mas o sentimento preso nos beijos do teu abraço. Eu te amei menina! Elizabeth M.B. Mattos – outubro de 2021 – Torres

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