apenas crianças

Da magia e da incerteza a explosão. Como seria explicar o prazer. Antes examino a mão, também ela se transformou em mapa. Tantos e muitos rios, correntes e uma história de caminhos. Não. Não fico triste. Eu penso como seria te olhar. Depois escutar a voz, depois te saber feliz, alegre, certeiro. Penso naquele menino casando, no irresponsável trajeto de sermos ingênuos, meninos…Era tudo uma grande brincadeira. Ah! Eu sei como é voltar ao sonho: os mesmos sonhos. E caímos nas mesmas armadilhas: o laço mais ou menos apertado. Alguém pronto (o inimigo) pronto para apertar. Por quê? O que faziam nossos pais enquanto brincávamos de ser gente grande, eles também apreendiam a conquistar o mundo. A questão disciplinar da educação, de entender a criança como ser completo, demorou a ser/ter entendimento objetivo. Éramos apenas crianças, flores ou urtigas, no jardim. Folhagens domadas ou selvagens… Crescemos? Não sei. Minha mão teclando diz que sim, mas a vontade de cirandar de cantar de me esparramar nesta alegria inesperada diz que não. Sou a mesma da nossa meninice, és o mesmo, talvez, não sabemos bem/exatamente a pessoa que somos: estamos no jardim. Tu existes: isso de existir é perfeito. Elizabeth M.B.Mattos – 2021 (do amor)

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