Sonhos sem espinhos, roseiras de raízes perdidas nas terras adubadas, renascem. Leituras interrompidas, ansiedade presente. Teu vulto, tua voz, aqueles desejos achados, e a vida atravessada num ir e vir insistente, tumultuado, apaziguado, encantado. Tu és tu, sem desistir, enfrentar. Como te gosto! Lembro! Lembro! E tu voltas. Caminhamos pelo pensamento inquieto e ardente. E com todas as interdições aqui estás: entras. Eu me surpreendo encabulada porque não te esperava audaz, decidido, e, num/com sorriso mostro meu espanto. Eu me atrapalho com palavras. Esqueço as corretas, digo todas as impossíveis, enfeitiçada.
Agora, por favor, escuta a história: vou ler em voz alta para me aprenderes (apreenderes também) a ouvir, redesenharás nosso contorno. Enfeitiçarei tua fantasia, teu amor sorrateiro, tuas aventuras, elas , também, inquietas. E daremos um passo na nossa pequena história.
“Em cima da escrivaninha estava a sacola mágica, que se alongara de maneira surpreendente. O príncipe aproximou-se, abriu -a e imaginem só que encontrou dentro?…uma linda e comprida espada de punho-de- ouro, gume afiado e bainha-de-veludo-escarlate, onde se viam pordadas as palavras: Rosalba para sempre!” (p.101) William Makepeace Thackeray O anel e a rosa
Ah! aposto na confusão: as primeiras palavras / Ops! A primeira leitura é mesmo tão confusa / insignificante, não diz nada, mas se misturares tudo e liquidificares, encontrarás outras estórias / lerás nas entrelinhas o que não consigo escrever nas linhas.
