Particularidade a cada um. Tempo específico, amassado na urgência. O peso e o vício. Cada um guarda/protege um lado, uma visão… Evidência perfumada. Represento o quadrado, um dado com vários lados. Atropelada nostalgia ao te pensar. Também o sonho, ou a sentinela. Ou ainda o afago, o beijo. Ou sou as costas da boneca, aquela que nunca fica, apenas vai… Tolerância desgastada: palavras, sempre as mesmas. Na conquista a dor sanguinolenta. Há cada tempo uma experiência diferente/nova! Ou seja, tão particular, mas também, com certeza, banal. A memorizar/ cristalizar e completar… O particular do amor é este amálgama – somos dois na mesma sombra. A bolha do amor… Quem tu és por inteiro não determina o outro, e nem a vida de todo dia, mas a tua diferença / o particular. Somos muitos / tantos! A descobrir o contraditório. As mutações no espelho / no outro lado. Então, sem definição… Menos radical e tão leve! Som, não a voz. E o amanhecer desperta devagar na finitude. O medo. O medo maldito: olhar exausto/parado. Ouvidos atordoados. Boca dolorida. Estou salgada! É o mar. Existe uma finitude a cada decisão. Deste agudo a vontade de correr, não aceitar, imobilizo. Alívio. Pronto! Terminou. O momento se cristalizou nos acordes da tua voz, ou apenas morreu? Ou apenas se resolveu no som, estes coisas de viver não são corajosas, mas desesperadas, meu querido. Elizabeth M.B. Mattos – dezembro de 2021 – Torres cinzenta / molhada, quase frio.
Nem sempre corajosas, nem sempre perfeita!
