Quando passo horas e horas com uma criatura imaginária, ou que viveu no meu passado, noutro passado, não é mais apenas a inteligência que a concebe, é a emoção e a afeição que entram em jogo. É a mágica, o possível: calo o meu pensamento, escuto a voz: o que este indivíduo tem a me dizer, a me ensinar? E quando eu o ouço bem, ele não me deixa mais. Esta presença é quase material, trata-se de uma ‘visitação’. Estamos, de fato, juntos. Eu me acalmo, e me inquieto com sua possível dor, com sua possível insônia, com seu sonho interrompido. Mas, imediatamente, eu me aconchego no seu abraço, sinto o se hálito. E durmo. Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro de 2022 – Torres

acho que jamais renuncio a uma criatura que conheci, e não posso me separar dos meus amados amores, assim , muitas, e tantas vezes, estou a beber chá com FT, ou a comer arroz integral; estou a telefonar, às duas da madrugada para JAK; e posso ir ao seu encontro às três horas da manhã para beber duas taças de vinho. PHF conversa comigo, pontua, explica. E, e beijo demorado, no abraço de ZM se desmancha no sonho bom de nunca envelhecer. Eu me encontro, outra vez com Paulo Sérgio na Ponte Aérea do tempo.