Escrever acalma, não compreendo porque reluto. Alongo o dia, aperto o corpo, não escrevo… como se, como posso explicar?! Uma represa / uma contenção, será por que penso em ti com tanta frequência? Será que estou a me sentir só?! Por que não chegas? Não te apressas em voltar? Será que não guardo paciência para te esperar? Reli a carta, reli teu escrito apressado, acompanho as notícias, recebo tuas saudades / recebo teus beijos / sinto teu carinho, igual me inquieto
escreve outra vez, exige, quem sabe o telefone? sim, detesto, não é o meu forte, mas pode ser solução. Eu me apresso em desligar, então…, talvez escreva e me acalme.
vou descobrir uma forma nova de te contar de mim, da casa, das panelas novas, da chaleira, da minha velocidade em limpar, da comida que fiz! é diferente, tens razão, cozinhar, arrumar a mesa, pegar o bom copo, e ter flores pela casa…tens razão! Sempre tens razão. Beijo. Elizabeth M.B. Mattos – julho de 2022 – Torres – vou me acalmar. Amanhã colocarei a correspondência em dia, voltarei a ser eu. Outro beijo.