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As palavras na correnteza da frase alcançam uma vertiginosa velocidade que as faz perder a substância.
O olho, na poesia nova, capta a palavra globalmente – a palavra objeto -, esta deslancha no psiquismo do “leitor” uma série ilimitada de ecos sonoros – depois de ecos de pensamento.
Então o corpo inteiro se engolfa nessa floresta de ecos.
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A palavra é a parte visível da ideia como o tronco e a folhagem são as partes visíveis da árvore.
As raízes, as ideias vivem embaixo.
Pierre Garnier Manifesto por uma poesia nova, visual e fônica – tradução de Roberto Acízelo de Souza – Revoluções Literárias – Editora Argos