“Percebe-se, bem pelo alto, que o homem é duplo; mas é, diz-se, por ser composto de uma alma e de um corpo; e acusa-se este corpo de não sei quantas coisas; seguramente, muito mal a propósito, pois ele é tão incapaz de sentir como de pensar. É da besta que nos devemos queixar, desse ser insensível, distinto da alma, verdadeiro indivíduo que tem a sua existência separada, os seus gostos, as suas inclinações, a sua vontade, o que não está acima dos outros animais senão por ser melhor educado e provido de órgãos mais perfeitos.
Meus senhores e minhas senhoras, tende tanto orgulho da vossa inteligência quanto vos aprouver; mas desconfiai muito da outra, sobretudo quando estiverdes juntos.” (p.27-28) Xavier de Maistre
