repouso

“Repouso! Ser hóspede, um dia. Nem sempre ser o próprio a oferecer a seus desejos mesquinha ração. Nem sempre hostilmente agarrar todas as coisas. Deixar um dia tudo acontecer, e saber: o que acontece é bom. Também a coragem deve um dia distender-se e à beira das cobertas de seda sobre si mesma dobrar-se. Nem sempre ser soldado.” (p.96) Rainer Maria Rilke A canção de Amor e de Morte do Porta Estandarte Cristovão

Abri apenas a fresta da janela, o vento e com o vento a poeira e o susto: de repente, qualquer opinião pode ser o vendaval… não sei se o medo se arrepiou, se as convicções enfraqueceram, mas não estou pronta pra enfrentar! Não o intempérie / ou sou mesmo frágil! Pensei nos escudos, nas certezas, na minha retirada. Votar / dizer e sair do círculo. Ser eu a reagir, não porque sou assim ou daquele outro jeito, apenas pensar. Os filhos espalhados em estados diferentes / e importantes / bem, o Brasil inteiro importa! As escolhas dão colorido / pintam os temperamentos! A sala descreve a alma. E o silêncio desenha! Vou aceitar a sugestão, comprar tintas e pincéis! Saudade dos amigos! Elizabeth M.B. Mattos – julho de 2022 – Torres, ainda Torres, sem as dunas, sem areia na praia, com sinaleiras, ruas atoladas de carros, e as lojas incríveis, qualquer coisa, o tudo nas vitrines: comorar me alegra! Amanhã vou misturar as tintas e passar a tarde inteira na beira do rio Mampituba. Ah! O perfume da cidade-mar, da cidade rio, da vida a descascar um tempo novo…E tantos edifícios! Não sei se resta um chalé, se resta um de antes, vou calçar os novos sapatos e passear! Preciso entender.

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