Eu me identifico com esta lentidão, com este despreparo de ‘carregar’ a alma. É preciso assumir / compartilhar e entender o outro suavemente. A alma e a sua lentidão, o corpo acelerado…
“Não podemos correr de um lugar a outro sem perder alguma coisa, passar rapidamente de um local a outro todos os nossos objetos e mudar de trabalho em um minuto, como gostaríamos. Nada demora tanto na viagem como a alma e é lentamente que ela alcança o corpo, se este se desloca. Assim se atrapalham acreditam rápidos, mal agrupados com as suas almas que, estando com eles no momento da partida, os alcançam aos poucos durante o percurso e às quais eles exigem o exercício contrário, com o tempo eles acabam acreditando que estão completos, existem, mas não existem mais. […] o que importa é esperar que o corpo se reagrupe e não nos apoiarmos em uma aparência, na qual somente aqueles que nos conhecem mal podem acreditar.”(p.125) Jean Cocteau A dificuldade de ser
Tenho sido sombra, não pessoa. Atordoada com a fealdade das notícias, com o palavreado, com este exército combativo. Não esclarece / nem informar: estão a metralhar as margaridas… Eu me surpreendo com a guerra sem bandeira do melhor / ou da tão desgastada bandeira! Emparedados! Todas as flores não escondem o sombrio do dia, insinuam beleza. Desejo que o colorido volte, sem lágrima. História e imposição não se confundam… (ingenuidade minha!) O hoje não apaga o dia de ontem, não mesmo, apenas complementa… Quem sabe possa ser melhor!? Breve teremos respostas assertivas, céus! Breve estaremos diante do fato! Vou chorar e com a palma da mão secar as lágrimas. Fiz o melhor, bem, ao trabalho, outra vez… Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2022 – Torres
