aflições da memória

Em algum lugar está aquela lembrança inteira: reuniões, o baile, a nossa meninice faceira e a música. E dançamos e fomos debutantes…coisas da memória! E o colégio, as cônegas, o internato. Somos este amontoado de lembranças, se nos perdemos umas das outras, perdemos um pedaço da memória, perdemos a parte boa da juventude.

A Memória é uma costureira, e não bastasse isso, das cheias de capricho. A Memória conduz sua agulha para fora e para dentro, para cima e para baixo, para cá e para lá. Não sabemos o que vem em seguida nem o que virá depois. Assim, o ato mais corriqueiro do mundo, como sentar-se a mesa e puxar para perto o suporte com o tinteiro e a pena, pode agitar milhares de fragmentos discrepantes, desconectados, ora acesos, ora apagados, subindo e flutuando e descendo e oscilando, tal como, surpreendidas no varal por um pé de vento, as roupas de baixo de uma família numerosa.” (p.53) Virgínia Wollf Orlando Uma biografia

Quando se abre um livro , a paixão, o feitiço se fortalece, e, escrever fica/gruda como doença, um estado febril ou tortura. É preciso ler, até a exaustão dos olhos, e escrever, mesmo sem enxergar. Um círculo vicioso. Saciados por um par de horas. Então a realidade assume o leme, outra vez, descemos da loucura do mundo novo, ou antigo, ou perdido e reencontramos o café com leite, o arroz om feijão, depois o sono! Uma vontade de chorar, um gosto de terminou sem sentido. E as lágrimas fazem o sono. Elizabeth M.B. Mattos – setembro de 2022 – Não acredito que a Lala Aranha espera a visita que não farei, a ternura que não abraçarei…

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