“Salve! natural desejo! Salve felicidade! divina felicidade! e os prazeres de todos os tipos, flores e vinho, embora uma murche e o outro inebrie;[…]”
Salve a leitura! Salve o silêncio de um texto perfeito, ou tão ruidoso no excesso! Como a chuva molhada, necessária e abundante chuva! silenciosa e ruidosa…
” Salve, pois, felicidade e, depois da felicidade, salve não aqueles sonhos que, tal como fazem com o rosto os espelhos mosqueados da recepção de uma estalagem do interior, inflam uma imagem nítida; não aqueles sonhos que fragmentam o todo e nos fazem em pedaços e nos machucam e nos desmembram durante a noite quando deveríamos estar dormindo; mas o sono, o sono, tão profundo que todas as formas se desfazem em pó de infinita maciez, em água de opacidade inescrutável, e ali, dobrados, enfaixados como uma múmia, como uma crisálida, deitemos de bruços sobre a areia, no fundo do sono.
Mas esperem! mas esperem! não iremos, desta vez, visitar a terra cega. Azul […]” (p.192-193) Virgínia Woolf Orlando
Então, vou salvar a visita da neta, e da filha! Depois o silêncio agitado de quem se acustuma ora ao silêncio, ora ao riso, e também ao sono e a vigília, e depois se surpreende. O que será a vida, o tempo, nas ausências, ou nesta presença ruidosa??! A vida começo / vida de ser criança no sono perfeito e no despertar surpresa! A visita da Valentina no meio de otubro com chuva, tanta chuva! Elizabeth M.B. Mattos – outubro de 2022 – Torres