O ciclone não veio, senti medo assim mesmo. O ‘furacão’, na verdade, o meu ciclone particular é este pós operatório e estes colírios e este não poder ler –
mudança de horários, aquietação forçada! Dia 11 tenho hora marcada,
estarás de volta, eu acho. Desanimada, cansada, não tenho vontade de
nada. Envelhecer parece uma, parece um monstro…, não porque
envelhecemos e ficamos feias, ou coisas assim, mas o limite parece uma
grande injustiça. Escrever tem sido mais complicado, meio às cegas.
Insisto. Talvez a gente não pense em morrer, nem na possibilidade de
acontecer. Não é estranho? Estou meio muito bastante negativa, mas vou
em frente… Amiga! O que me preocupa são os lapsos, entendo a urgência
de intensificar o A G O R A, depois, penso e me parece sem sentido,
como as nossas eleições e a política. Vi um seriado coreano que me
impressionou, NO AR -, lembrei da minha mãe, ela não queria mais ver o
dramático, o triste ou o feio, apenas a beleza -, hoje eu a compreendo. tentei ver o
documentário sobre a Marilyn Monroe / fiquei chocada! Céus! Queria te
contar que a Ônix esteve doente / bem ruim / e ficou boa, eu acho
(risos), queria te contar coisas boas, e saiu assim minha carta, este
estrupicio de espantos. Vai desse jeito mesmo. Era isso. Beijo