Pois assim é que um novo amor enterra um velho amor. O enamoramento, um estado perfeito, completo, intenso da tal felicidade… A experiência, claro, deve ser simultânea, caso contrário ficamos a fantasiar o que não foi, lamentar o que poderia ter sido, e querer, até o fim, até o último momento, aquele enamoramento, aquele amor incompleto… Claro, sobrevivemos, claro, colocamos uma cor em cima de outra, tantas cores que voltamos ao nenhuma, ao preto, ao tudo junto…, o que faz / faria a tal diferença? A certeza destes sentimentos misturados numa sonata, numa melodia, no belo / no perfeito é / pode ser / este conhecimento brejeiro de conhecer as pedras sobrepostas para chegar na tal catedral. Tantas e tantas leituras / tantos e tantos entendimentos resultam neste movimento apaixonado. Elizabeth M.B. Mattos – outubro de 2022 – Torres que venha o novo, não pode ser o velho, mas apenas o novo
