cada vez que vou para a cozinha, num ímpeto de gulodices ou de loucura! fazer as panquecas mágicas: na frigideira resolvo fazer o jantar / almoço / um picnique e beber vinho, às 16 horas, muito bom, bem na hora atravessada de um ardencia….sim, dormi um pouco e sonhei e sonhei. E nos beijamos com gosto de frutas, e de desejos, e logo fomos fazer a massa deleciosa, bateste com a pressa e recisão. Esquentei as frigideiras, preparei as bananas e por que não festejar? que dia mesmo é este?silencioso, respeitoso, calmo, encerra o ano, as brigas, os azedumes. Delícia! Estamos os dois com os aventais com açucar, canela e farinha. e a vontade espalhada pelas duas mesas… O sexo e o beijo e o gosto e as bananas nunca terão idade! Bom que atravessaste as doenças, os medos, e a vergonha e viesses correndo me ver: preciso. Sim, sem regas. Desobedecendo. Como se tívessemos cuzado a Independência com a Hilàrio Ribeiro e do nosso sorriso vieram as panquecas feitas na espaçosa cozinha do 802. Tudo nos pertence. Não é fantastico? O álccol é o lado picante…, as risadas, o empenho. A gulodice desejo. Feliz não tem receita. Nós somos, tu e eu, os aventureros da cozinha fora de hora. Elizabeth M.B. Mattos – novembro de 2022 – Porto Alegre