não são todas iguais, são cortadas, e sem falar, elas conversam, se entendem?
eu me atrapalho para escrever, a lógica foi passear, e ando concentrada nas sensações de querer resolver umas amorosidades desarrumadas e umas vozes esquisitas, algumas estão alinhavadas.
misturo tudo com envelhecer, não encontro doçura, mas encontro um azedo ríspido, e arredio, coisas definidas e cansadas, vontade de sair e comprar belez, trazer as vitrines para casa / substituir…
o cansaço não me deixa ordenar, limpar, listar, ouvir música, cantar, mas a passarinhada se esbalda em cantoria para mim, ah! faça sol ou faça chuva eles se amontoam e e se sacodem e conversam… sim, nos deveríamos o amontoar e festejar, dividir o pão, bebericar juntos, cavar os canteiros pra trazer flores… somos tão apenas do café e do chá. sem árvores, sem gramados, sem medo… que saudade eu tenho de umas coisas que não sei, filhos pequenos a me rodear, pressa, eu tinha pressa e fazia tanta coisa em pouco tempo… agora esta lentidão preguiçosa e sem vozes. Elizabeth M.B. Mattos – novebro de 2022 – Torres

se a beleza estivesse bem animada eu compraria um vestido novo, pintaria as unhas de vermelho, e comeria devagar as batatas cozidas temperadas com salsa, e as ameandoas assadas, ah! que delícia a carne rosada!