fio de cabelo

descabelada, impossível organizar os fios

impossível

não acredito mais em mim, nem na coragem, nem em fazer

impossível!

eu me arrrasto

ainda abro as janelas se faz sol / ainda abro as cortinas, e, vez que outra, tiro a poeira da cabeceira

exaspero

desespero com a poeira, com a bateção, com a loucura

obra pode ser o grau maior do desespero: assisto

ah! aquele banheiro me esgotou / a cada dia cinco anos / e agora?

vamos a detestar cada pedacinho ,

se eu pudesse sair / se os recursos fossem menos apertados, se eu conseguisse…

importa?

quando já não importa, o perigo ilumina tudo, Empurro alguma coisa…

Elizabeth M.B. Mattos – novembro de 2022

Pode ser Torres

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