Entusiasmada, ou sei lá o sentimento, o de conexão, ou desjo de se aproximar, isso, conexão e desejo. Desejo de compartilhar, entender, ou apenas me queixar. sim, várias vezes quero compartilhar um desacerto, um incomodo…sei lá! Ser alguém que diz para alguém que escuta. De repente, descrevo o cotidiano disso e daquilo, positivo, engajado, ou reclamo disso ou daquilo, mas / e surpresa!, a outra pessoa responde, mais fala do que escuta: também eu faço, o mesmo, igual, como um jato de água fria, acordo…. o mesmo do mesmo pode ser assim diferente? Arrumar a cama, tirar o pó, fazer a comida, levar, e limpar… Não, não é o mesmo. Penso, pense nos espaços… Espaços definem o fazer, não apenas a rotina descrita, o intenso envolvimento define o fazer… Energias diferentes. Não estou sabendo explicar, o silêncio que existe entre duas pessoas, não é o mesmo, então, mesmo sentadas, lado a lado, olhando para o mesmo jardim de margaridas, vemos diferente. Esquisitas diferenças! Não, não se encaixa o teu fazer com o meu fazer, as percepções são tão, absurdamente, distantes! Conversar / falar com outro também pode ser assim, um diz X e o outro escuta Y… Conversar é / pode ser, uma esquisitice se… se, se, e, porque somos diferentes, o fazer das mesmas coisas pesa tão diferente! Diferençassssss e esquisiticesssss. Perplexidade. Elizabeth M.B. Mattos – novembro de 2022 – Torres


P. S, Talvez eu supervalorize os meus fazeres por desejar tanto e muito e tanto ser apenas servida!