Quando eu te escrevo, imagino que possas estar ocupado, integrado, feliz ou infeliz, mas, completamente, distante da minha voz… Impossível alcançar tua mão ou encontrar a palavra certa para me aproximar. Algumas distâncias se tornam intransponíveis, o que foi tão fácil, quase banal, falar e contar histórias para ti, e tu contares dos sentimentos audaciosos, e, também daquela juventude tempestiva! Ah! Eu fazia conexões impossíveis! Aquela tua juventude era fatia perfeita entre sabores e fazeres culinários, a minha debruçada na janela a ver a banda passar… Colorido do dia diferente, no mesmo dia, lado a lado da memória. Ah! Tenho saudade sim. Não sei se tu podes sentir este cheiro nostálgico no que te escrevo, se é que te escrevo. Uma inibição na exposição de feira aberta! Represei este sentir: o escrever, o entendimento, e até o emocional respeito por estares a sofrer enquanto atravessas tempo incerto. Não sei. Quando te escreve pelo Amoras, para registrar o que faço estou espiando, estou inteira com corpo e pensamento, mas não estou. A fantasia é a máscara, evidente, obscuro, e o meu declarado amor. Elizabeth M. B. Mattos – dezembro de 2022 – Torres no meio das mentiras KJMCLYW
