Uma analogia com os contos de fada! Vivemos! A lembrança já não de alguém para alguém / não tem corpo físico, mas intensa emoção! A sensação, o colorido, a paciência e o espaço (castelo) estão no hoje a colorir a vida: distribui /promove / entrega a cada um o que importa. O sentir galopa. Como tu eu sinto o tempo, os anos amassaram o corpo, trituraram. E o cansaço é grande, pesado! Arrasto até a memória! Meu filho Pedro passou uns dias comigo, comprou uma enorme televisão, arrancou uma estante problemática, revolução: já na terça-feira virão os pintores e me assusto com o movimento e… céus! O sufoco desta desordem! O bom é que as buganvílias estão floridas, e, verdade, estou feliz e plena, animada. Sinto saudades do que foi sonhar o sonho, mas eu me acomodo na madrugada de viver. Borralheira: cozinho, lavo, passo roupa. Varrer o castelo, os páteos, encerar o assoalho, amassar o pão, amassar. E, por que não escrever? Escrever aos amados, escrever a memória que já espapa – fantasia, ou a ttua vida vivida, ou a imaginada. GLXXYKQ Elizabeth M.B. Mattos – dezembro de 2022 – Torres
