O esforço de fazer se abraça no esforço de sobreviver, como se um pedaço de você se soltasse do corpo e formace outra Elizabeth, uma boneca de ser feliz, arrastar coisas boas, cozinhar coisas boas, dizer coisas boas, apagar a tristeza ruim, colocar o indesejado na conta do caderno do envelhecer, mas não adianta, o mar está tão longe! Tenho que mudar a geografia, fazer a mala e ir embora pra São Paulo, colorindo o caderninho escondido. Elizabeth M.B. Mattos – abril de 2023 – Torres, ainda na despedida.
