As histórias de nascer, conviver, se repetem: encontros, desencontros, decisões que importam como faróis para que o amor e a vida possa seguir. Quanto sofrimento enfrentamos /aprendemos para seguir em frente, poucos botes se salvam no meio da tempestade… temos medos, e o medo persegue, as pessoas perseguem umas as outras. Os escudos do amor são importantes. E.M.B. Mattos – abril de 2023
” Mas a história do gênero humano se complica sob tantos sucessos imprevistos, bizarros, misterioros; os caminhos da verdade se ramificam numa tal quantidade de atalhos estranhos e abruptos; as trevas que cercam essa peregrinação eterna são tão frequentes e espessas; as tempestades por tal forma se obstinam em destruir os marcos das estrada, desde a inscrição deixada deixada na areia até às Pirâmides; tantos sinistros dispersam e desorientam os pálidos viajantes, que não é de espantar que ainda não tenhamos tido uma história verdadeira livre de dúvidas, e que vaguemos nem labirinto de enganos. Os acontecimentos de ontem são-nos tão obscuros quanto as epopéias das épocas mitológicas, e somente de hoje datam os estudos sérios que lançam alguma luz a esse cáos. George Sand – História da Minha Vida (p.89) I volume ( História de uma família de Fontenoy a Morengo) tradução de Gulnara Lobato de Morais Pereira – 1945 – Livraria José Olympio / São Paulo
Estou empactada com a coragem de seguir em frente e como a doação sincera: uma autobiografia de todos nós, e história ferve, e somos nós. Os bons livros, serão sempre, os corajosos livros.
“[…]é a alma que sofreu mais que domina a outra. Se uma emoção nos empolga, não buscamos jamais o apoio do céptico zombeteiro e altivo. É para um infeliz como nós, em geral para alguém que tenha sofrido mais que nós, que voltamos nossos olhos e estendemos nossas mãos. Se o surpreendermos num momento de desespero, ele se apiedará de nós e conosco chorará. Se o invocarmos no pleno exercício de sua força e de sua razão, ele saberá instruir-nos e talvez nos salve; contudo, só poderá influenciar – nos se nos compreender, e para que nos compreenda, necessário será que tenha uma uma confidência a fazer em troca da nossa.”
A narrativa dos sofrimentos e das lutas da vida de cada homem é, pois, um ensinamento para todos os outros; seria a salvação de todos, se cada qual soubesse discernir o que o fez sofrer e compreender o que o salvou. Foi com esta mira sublime e sob o domínio de uma fé ardente, que Santo Agostinho escreveu as suas CONFISSÕES, que foram também as do seu século, e que ofereceram, a várias gerações de cristãos, o mais eficiente auxílio.” (p.15)