Como é difícil a sintonia das pessoas! Histórias narrativas, conversas explicativas. Tédio. Comodidade cotidiana. Tropeço na expressão. O inusitado, a espiritualidade. Deduções sobre o sujeito, e o objeto. Emaranhado de palavras, outra vez o tédio. Lado a lado, mas solitários. Na diferença o inferno. No silêncio a paz. Enlouqueço, ou me deixo ficar na superficialidade da relação. Ou no afeto morno, pacificador. Solidão presente na destruição do imaginário, ou do real mesmo… Assim, neste trajeto ansioso de buscar felicidade perde-se o prazer, até a quietude. O que armazeno, inadvertidamente, explode como bomba ativada a menor insatisfação. Explodimos! Este esparso e morno pedaço, a que chamamos memória, se transforma em quebra-cabeça, ou escrita compulsiva, ou fala incoerente, ou sono que não descansa. É um dom exercer domínio sobre estas questões. Talento transformá-las em combustão. Não tenho pernas. Alguém não tem generosidade, outro excessivo ciúme, aquele não tem mãe. Este não apreendeu a ouvir. Outro não aprendeu o amor. Elizabeth M.B. Mattos – dezembro de 2012 – Torres

Puxa….por vezes me vejo no meio dos teus textos… Da ate uma certa aflição imaginar que alguem por vezes veja tão dentro…