Os livros voltam; e porque voltam preciso guardá-los. Nas páginas deste, ou daquele autor as mesmas palavras. Ditas lapidadas reconhecidas, mas as mesmas. Sem vaidade abaixa- se a cabeça. E nos reconhecemos… Então o recorte. O dito é a voz do outro. Um jeito de se esconder, fugir a responsabilidade! Retomada, ou talvez conclusão? Assimilei o que li, ou leio o que já é conhecido? O fermento faz crescer o pão. O espelho reflete a verdade. Estranha memória! Surpresa. Se a memória falha, se não é estudo, mas ritmo, reconhecimento prazer preenchimento água ferro … Se … O cristal ou a prece … sair, chegar compreender telefonar. Que importa? Está lá. Elizabeth M.B. Mattos – fevereiro 2013 – Porto Alegre
“O que mais me irritava era que, à primeira vista, as pessoas me tomavam por bondoso, afável, generoso, leal, fiel. Talvez eu possuísse essas virtudes, mas se isso fosse verdade, era por indiferença: podia dar-me ao luxo de ser bondoso, afável, generoso, leal e tudo, mais, pois não sentia inveja. (…)
Desde o comecinho, devo ter-me treinado para não querer nada muito a sério. Desde o comecinho fui independente, de uma maneira falsa. Não precisava de ninguém, pois queria ser livre, livre para fazer e dar apenas o que ditassem meus caprichos. Assim que se esperava ou exigia alguma coisa de mim, eu dava para trás. Foi a forma que assumiu minha liberdade.” (p.5-6)
Henry Miller nas primeiras páginas de Trópico de Capricórnio
“Foi a forma que assumiu minha liberdade”. É com ‘u’ porque a liberdade foi quem assumiu, não o eu que escreve…Verifiquei bem!