A História do Automóvel
O automóvel que conduziu a governadora Yeda Crusius no Desfile Farroupilha, o Stutz 1928, integra o patrimônio público do Estado desde 1931 quando o governador Flores da Cunha o adquiriu. A porto-alegrense Míriam Palazzo refere detalhes dessa transação. O carro pertencia a Pedro Alexandrino de Mattos, comerciante de origem portuguesa, trabalhava com tecidos e fornecia mercadorias trazidas da Europa para o comércio gaúcho. Bem sucedido, possuía várias propriedades, entre elas as terras que hoje integram o Parque Saint-Hilaire. Nos fins dos anos 20 e começo dos anos 30, foi alto dirigente do Banco Popular. O carro era usado para conduzir a família, que residia na Rua Jerônimo Coelho, em seus compromissos. Com problemas decorrentes da instabilidade política e da participação nos episódios que mobilizaram o Rio Grande do Sul e o País naquele período, Pedro Alexandrino de Mattos decidiu vender o automóvel. A história desse que passou a ser conhecido como o veículo dos desfiles e que está exposto num dos salões do Palácio Piratini é confirmada pelas netas vivas de Pedro Alexandrino: Esther Costa e Ilka Ferreira Palazzo. O histórico automóvel foi produzido pelo norte-americano Harry Clayton Stutz, que deu seu nome à marca. A produção se encerrou em 1935.
Na foto de família: Pedro Alexandrino Mattos e Rita Menna Barreto Mattos (a partir da esquerda. Esther, Ida, Roberto Menna Barreto Mattos (ainda menino) e Flávio M. B. Mattos.
Outra foto antiga do carro em uso da família Mattos.
Roberto no Stutz com os amigos, e dificuldades…
Resolvendo o problema.
Roberto Menna Barreto Mattos na ‘Chácara’ hoje Parque Saint Hilaire.
Porto Alegre – Rio Grande do Sul
Pedro Alexandrino de Mattos
Eu






Esta história é bárbara! O Pedro Alexandrino era teu avô?
Beijo
Paulo
Sim. O Pedro Alexandrino era o pai do meu pai. No jornal é o menino. Era o mais moço dos filhos.
Sim, era o pai do meu pai – , pensei que sabias! Nós tão amigos e tão desconhecidos! Engraçado!
Que bacana que ficou!! Adorei o post. Ficou ótimo!
Consegui encontrar o fio…Repeti as fotos do pai, e da vovô!
Adorei Beth !!! Que graça que era a família! O Vô Roberto sempre um charme. Que saudade dele !!!
Beth, que bárbaro. Onde tinhas esta jóia guardada?
É bom vasculhar essas histórias de família.
Se esse carro é o que estou pensando, há mais histórias recentes sobre ele. No final dos anos 80 os sucessores do fabricante andaram pesquisando e descobriram que havia somente uns 4 exemplares desse carro em todo o mundo. Procuraram o governo do estado porque o carro, se estivesse todo original, teria um valor histórico. Infelizmente, descobriram que estava com um motos de Opala e que o motor original estaria equipando um desses barcos de carga que andam pelo Guaíba.
Só não sei se essa história se refere especificamente a esse carro ou a um outro semelhante, que seria de fabricação alemã. Em todo o caso, conheço bem a fonte da história e, se houver interesse, quando voltar a Porto Alegre (o que poderá ser em breve) eu posso verificar.
Eduardo Bohrer
Obrigada Eduardo! São detalhes que se perdem! Um beijo primo.
Adoro essas histórias de família! Saudade do tio Roberto, tão querido! Beijo, prima!