“É hora do almoço. Estamos os quatro sentados em volta da mesa comendo carnes frias, frutas e queijos. Agora que a neblina se dispersou, o sol invade a sala pelas janelas abertas e cada objeto ali parece mais definido, mais vívido, mais saturado de cor. Nosso anfitrião está desfiando suas mazelas para nós, mas extraordinariamente feliz só de estar onde estou sinto-me extraordinariamente feliz por estar onde estou, dentro do meu próprio corpo, olhando as coisas sobre a mesa, inspirando e expirando ar dos pulmões, gozando o simples fato de estar vivo. Que grande pena que a vida acabe, digo a mim mesmo, que grande pena que não possamos continuar vivendo para sempre!” (p.194)
Desvarios no Brooklyn, Paul Auster. Companhia das Letras, São Paulo, 2005
É assim mesmo. Que pena! Ou quem sabe a gente siga numa mutação se aperfeiçoando… Dizem que a vida é mais fácil para quem nasce com beleza. Não é. A vida é mais fácil se existe generosidade. Perdão.Tolerância, e acolhimento. E para estes as portas se abrem, com o sentido lúdico de eternidade.
Beth, vida facil seria um bom nome para uma peça teatral.
O tempo ,a vida nos ensina, nos manda mensagens, nosso corpo manda mensagem.
Se observarmos bem a idade nos traz atalhos e caminhos mais gentis.
Rancores, magoas , raivas , amores, perdas , tudo isto precisa ser entendido para vivermos com intensidade e dignidade.
Temos que aceitar tantas verdades, tantas modificaçoes no transcorrer da nossa historia…
20/30/40/50/60/70 anos , tudo é tao diferente.
Penso quem aceita isto , vive melhor.
Bonito, feio, gordo, magro nao importa.