Decepção, outro entendimento, outra leitura. Está perdendo os pedaços o meu autor. Bebendo demais. Óbvio demais. Talvez esta seja a questão. A exposição corajosa, mas… Interrompo o processo para pensar.Talvez aborreça porque todas as histórias de amor se parecem. E tão iguais perdem identidade.
“ Se eu ao menos pudesse vencer esta distância, escrevi. Eu daria tudo no mundo. Mas não havia jeito. Eu te amo, e talvez você ache que me ama, mas não é verdade. Eu acho que você gosta de mim, tenho uma certa certeza razoável, mas eu não sou o bastante para você, e no fundo você sabe que estou certo. Talvez você precise de alguém ao seu lado agora, e então eu apareci e você achou que talvez pudesse acontecer qualquer coisa. Mas eu não quero ser a pessoa que talvez seja alguém, para mim não basta, tem que ser tudo ou nada, você tem que arder como eu ardo.”(p.219) Um Outro Amor, Karl Ove Knausgård
Tão as mesmas! Tudo precisa ser reinventado. As verdadeiras narrativas são proibidas. São proibidas. Segredos. E contar segredos não é o foco. Ou descrever o outro…
Lembro. Estivemos juntos na Feira do Livro, abrimos presentes no Natal. E durante o ano inteiro flores. Cesta com vinhos, copos, e bobagens. Caixas para guardar mistérios. Pijamas (adoro roupas de dormir preciosas, especiais). Livros, cartas, cartões e telegramas. Pois é meu estrangeiro… Aqui estou eu, sem vontade de escrever, nem pensar. Estou querendo ver os filmes que não vimos, ler livros fatiados por vozes. Praças com balanços e gangorras. Jardim Zoológico. Dói ser gente grande, e por isso persigo a criança que guardo dentro de mim. E se perdemos o amor, o desastroso é querer de volta. Via acidentada… Elizabeth M. B. Mattos agosto – 2016 – Porto Alegre
Curioso… O trecbo decepciona mesmo… Difícil sair do lugar comum do amor… Gostei da tua observação.
Molto bello ,
Ti voglio bene!
No amor resvalamos, melhor do que escrever é o amor ele mesmo. Leticia Elizabeth Landon escreveu “Our first love-letter … There is so much to say – the dread of sying too much is so nicely balanced by the fear of saying too little.”